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Ontem fui pela primeiríssima vez assaltado em Lisboa. E no local mais insuspeito do mundo (os bons crimes são perpetrados nos locais mais insuspeitos do mundo, sei-o agora).
Levaram-me quase tudo o que havia para levar. Dinheiro, documentos, cartões de débito e crédito, telemóvel, óculos de sol, chaves de casa e do carro, bloco de notas, diskman e mais uma quantidade de coisas sem importância mas que me lixa ficar sem elas.
Enquanto estava no posto da PSP a prestar declarações vinha-me à cabeça, numa cadência de que hoje me envergonho, a seguinte questão: - como é que alguém é capaz de tirar a alguém algo que, pela ordem natural das coisas, lhe pertence?!
A páginas tantas, o agente atende uma chamada. Ouve, balbucia algumas palavras e desliga.
O colega olha para ele e pergunta-lhe:
- então, o que se passa?
Ao que o primeiro lhe responde:
- tiroteio na Rua da Atalaia. Um morto.
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